Juliana Bianchi
Baixa temporada na ilha que ganhou fama por abrigar dos Rockfeller a Abramovich pode sair bem em conta, principalmente para quem viaja em grupoApós pegarmos, avião, van e barco, a chegada a Saint-Barthélémy aconteceu em um fim de tarde, com o sol se pondo no mar turquesa para os lados de St. Maarten. Próximo ao porto de Gustavia, capital da ilha, as luzes que definiam o contorno de um iate privado de cinco andares (avaliado em mais de 250 milhões de euros) nos davam as boas-vindas. Estava claro de que não estávamos atracando em apenas mais uma ilha caribenha.
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Vista aérea de St. Barth, a Riviera Francesa do Caribe
Foto: Divulgação
Colombier, um dos principais points de mergulho de St. Barth, onde os Rockfeller construíram sua casa
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Vista da pequena ilha de Chevrau do ponto mais alto de St. Barth, com direito a arco-íris no mar
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Villa Angelina, uma das casas que fazem parte do portfólio da St Barth Properties
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Em estilo caribenho modernizado, a casa de quatro suítes pode ser alugada a partir de US$ 13.800 na baixa temporada
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Vista do porto de Gustavia a partir da Villa Angelina
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Atracado próximo ao porto, o iate estimado em 250 milhões de euros dá as boas-vindas à ilha
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Na embarcação pertencente a um milionário russo (não se trata de Abramovich) há espaço até mesmo para um heliponto
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Em um dos pontos mais altos de St Barth, a Villa Au Soleil, do ator Steve Martin, pode ser alugada
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A hospedagem de uma semana na casa de quatro quartos custa a partir US$ 8.050 na baixa temporada
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A sala toda aberta para a vista do mar e do gazebo em estilo balinense na casa de Steve Martin
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Recém construída e estilo moderno e clean, a Villa Wings tem vista para a baía de St. Jean
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Os cômodos amplos das construções valorizam a paisagem inebriante da ilha.
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A semana na Villa Wings custa a partir de US$ 13.800
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Com apenas uma suíte, a Villa Blue Diamond é perfeita para casais em lua-de-mel
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A semana na Villa Blue Diamont, localizada nas encostas de Vilet, custa US$ 4.588 na baixa temporada
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O estilo clean da casa dá o tom da tranquilidade que virá pela semana
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Mesmo longe do mar, quase todas as casas voltadas ao aluguel na ilha têm piscinas que privilegiam a vista para o Mar do Caribe
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Com quatro quartos, o aluguel para quatro casais da Villa Camaruche sai US$ 9.052, a semana
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No centro de Gustavia, a capital de St. Barth, estilo Riviera Francesa
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Grifes de luxo, como Cartier, Louis Vuitton e Ralph Laurent podem ser encontradas em Gustavia
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Café da manhã como em Paris nas boulangeries locais
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A exuberância da natureza na entrada do hotel Le Toiny
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Aos domingos, o o restaurante Le Gaïac, do hotel Le Toiny, serve brunch com direito a música ao vivo por 48 euros
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Vista para a Anse de Toiny a partir da piscina do restaurante Le Gaïac, do hotel Le Toiny
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Restaurante pé na areia do hotel Tom Beach. Lagosta por 8,5 euros (100 g)
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Um dos restaurantes mais badalados de St. Barth é o Nikki Beach, nas areias de St. Jean
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O restaurante é o lugar ideal para ver e ser visto em St. Barth. No menu, de sushis a steak tartare
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Onde quer que se vá na ilha a transparência do mar azul turquesa surpreende
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Seleção de sobremesas no restaurante La Case de l’Isle, no hotel Isle de France
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Uma das quatro colônias francesas no Caribe, St. Barth – como é carinhosamente chamada – tem apenas 25 km² de extensão (323 km² a menos que Ilhabela, no litoral paulista) e não mais do que 9 mil habitantes. Número que mais do que duplica na alta temporada. Isto é, de dezembro a abril, quando europeus e americanos invadem esta réplica tropical de St-Tropez, com direito a adegas e lojas de grifes de luxo à beira-mar, para fugir do frio no hemisfério Norte. Mas apesar da fama de ilha da fantasia de milionários, onde David Rockefeller construiu seu refúgio de verão nos anos 50, o magnata russo Roman Abramovich atraca seu iate (considerado o maior do mundo) e celebridades como Ronaldo, Beyoncé e Kate Moss garantem dias de “dolce far niente”, St. Barth também pode ser vivenciada por meros mortais.
É na baixa temporada, quando o sol ainda brilha forte e a lagosta continua a chegar quase diariamente na ilha, que o preço das hospedagens se mostra mais atraente, principalmente para quem viaja em grupo. “Nesse período é possível alugar uma casa à beira-mar, com piscina, para até seis pessoas, por US$ 6 mil (R$ 14 mil), durante uma semana”, afirma Pascale Minarro-Baudouin, da St. Barth Properties. O pacote equivale a diárias de R$ 330 por hóspede. Valor menor do que o praticado por muitos dos hotéis de luxo no litoral Norte de São Paulo, como o Nau Royal, onde a diária gira em torno de R$ 1 mil. E, se chorar um pouquinho, Pascale confessa que consegue incluir até mesmo um carro na diária. “Como não temos transporte público, alugar um carro se torna fundamental para a locomoção”, completa.
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Entre as 180 villas gerenciadas pela empresa é possível encontrar desde aquelas com arquitetura moderna e construídas com foco no aluguel para temporadas até as em estilo colonial ou tipicamente caribenho, cujos donos aproveitam a vacância para ganhar algum dinheiro. Entre estas está a do ator Steve Martin. Localizada no ponto mais alto de St. Barth, a Villa Au Soleil conta com quatro suítes, sala totalmente aberta para a varanda, piscina com borda infinita e uma vista de tirar o fôlego da baía de St. Jean – uma das 16 praias da ilha. O preço para uma semana varia de acordo com o número de pessoas, indo de US$ 8.050 (R$ 18.677) o casal, a US$ 11.500 (R$ 26.682), para oito hóspedes. Ou, R$ 476,5 a diária por pessoa. Mas ao contrário do que acontece no Brasil, nem pense em aproveitar o espaço livre para acomodar mais gente. Em todas as propriedades a regra é clara: apenas duas pessoas são aceitas por quarto.
Hospedar-se em hotéis é outra opção possível, ainda que com preços menos convidativos já que a oferta é bem mais reduzida (a ilha possui cerca de 500 casas para aluguel e não mais do que 350 quartos espalhados por 23 hotéis e algumas “guest houses”). No Tom Beach, um hotel boutique com direito a bar pé na areia e piscina, a diária da suíte de frente para a baía de St. Jean sai por 290 euros (R$ 915) entre abril e dezembro, contra 520 euros (R$ 1.641) na alta temporada. Na mesma região, o Les Ilets de la Plage oferece chalé de um quarto, com vista para o mar, por 350 euros (R$ 1.104) entre maio e agosto. Valor que passa para 628 euros (R$ 1.957) entre dezembro e janeiro. Já no cinco estrelas Le Toiny, a diária da villa com piscina e vista para o mar sai 995 euros (R$ 3.140) na baixa temporada. Valor ainda menor do que o da suíte junior nos meses mais agitados.
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Gastronomia francesa com toque caribenho
Em St. Barth, a língua oficial é o francês e a moeda, o euro (apesar de todo mundo falar inglês e aceitar dólares). Então, não seria de se estranhar que a gastronomia também puxasse para os clássicos de Escoffier. Mas surpresa foi descobrir que é possível encontrar o melhor da culinária francesa em uma ilha vulcânica, onde até mesmo a água potável tem de ser produzida.
Apesar de ter de importar todo e qualquer alimento (na alta temporada, carregamentos chegam dia sim, dia não da França e Estados Unidos), alimentar-se na ilha não custa muito mais do que seria em Paris. É possível tomar um gostoso café da manhã com croissant fresquinho (leve e crocante), por 1 euro, nas boulangeries Choisy, na principal rua de Gustavia, ou La Petite Colombe, considerada a melhor de St. Barth. Comer um steak tartar no badalado restaurante Nikki Beach por 28 euros, ou experimentar a salada de lagosta do Tom Beach por 27 euros.
Aos domingos, o restaurante Le Gaïac, do hotel Le Toiny, serve brunch com direito a música ao vivo e uso da piscina com vista para a Anse de Toiny, por 48 euros. Aproveite para dar uma olhadinha na carta de vinhos. A casa tem uma das maiores e melhores adegas da ilha. Para um jantar especial, aposte nos restaurantes Bartoloméo, no hotel Guanahani (não perca o ravióli de ricota com fricassé de champignon, trufa branca e espuma de parmesão) e La Case de l’Isle, no hotel Isle de France, recém adquirido pelo grupo LVMH. Peça para provar o Mahi-mahi, peixe típico da região.
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Como chegar
Se o número reduzido de lugares para se hospedar já reduz os riscos de St. Barth se tornar um destino massificado, a longa viagem para alcançar este paraíso francês no Caribe reforça a ideia. A primeira etapa para quem sai do Brasil é a Cidade do Panamá, que contará com voos diretos da Copa Airlines. De lá é preciso pegar outro voo para St. Maarten, um dos principais hubs para as ilhas da região (os dois voos custam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, dependendo da época). Aproveite para sentar na janelinha e acompanhar o pouso praticamente na areia no aeroporto Princess Juliana, do lado holandês da ilha, separado apenas por uma rua de Maho Beach, onde dezenas de turistas se aglomeram todos os dias para ver de perto a impressionante atração.
Até aí, já se terá acumulado cerca de dez horas de viagem, mas ainda será preciso pegar mais um voo (agora de apenas 15 minutos) ou um barco (40 minutos) para fazer o transfer até St. Barth. A empresa Winair é a mais usada para a ponte-aérea, e as passagens de ida e volta custam em torno de US$ 240 em aviões com capacidade para não mais do que 12 passageiros. Quem preferir o transporte marítimo terá de arcar com US$ 129, para ir e voltar pelo ferry boat do Great Bay Express.
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(*) Viagem feita a convite dos Comitês de Turismo de St. Barth e St. Maarten, e Copa Airlines