Juliana Bianchi
Um dos hotéis mais famosos do Brasil completa quase um século recheado de históriasElla Fitzgerald e Louis Armstrong já cantaram em seus salões. Janis Joplin nadou pelada em sua piscina. Bono Vox conduziu um coral de fãs cantando à capela de uma de suas sacadas. E Rod Stewart destruiu parcialmente um de suas suítes presidenciais ao fazer do espaço um campo de futebol. Com uma lista de hóspedes e histórias compatíveis à de poucos hotéis de luxo no mundo, o Copacabana Palace prepara-se para inaugurar a última década de seu primeiro centenário com festa.
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Hotel Copacabana Palace hoje: 90 anos de história
Foto: Divulgação
O hotel em 1923, ano de sua inauguração
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Quando o hotel nasceu, Copacabana ainda era um bairro poco habitado e frequentado
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Na década de 1920 não havia outro hotel no Brasil com padrão internacional
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A hoje movimentada avenida Nossa Senhora de Copacabana ainda sofria com os avanços do mar
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Depois de um período de decadência, o Copa foi comprado pelo grupo Oriente-Express em 1989
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Pela portaria do hotel já passaram nomes como princesa Diana, Ella Fitzgerald e Evita
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A cantora Janis Joplin foi expulsa do Copacabana Palace em 1970 após nadar pelada na piscina
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Ícone do hotel, a piscina principal foi construída em 1934
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Ginger Rogers e Elaine Stewart na temporada carnavalesca do Copa em 1955
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O lobby restaurado e ampliado, ainda guarda o piso de mármore e a porta giratória original
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Da piscina é possível ver o restaurante Cipriani
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Um dos quartos reformados em 2012: vista para o mar de Copacabana
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Programado para hoje, o evento para 600 convidados terá cenografia de cabaré – relembrando o clima vivido na época de inauguração do hotel –, apresentação de Claudio Botelho, Totia Meirelles e Alessandra Maestrini, e menu assinado por quatro chefs de renome internacional. Um acontecimento a altura do sonho do então presidente da República Epitácio Pessoa, que no início da década de 1920 queria um lugar de padrão internacional no Rio de Janeiro para hospedar autoridades e turistas mais sofisticados.
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Com projeto de arquitetura assinado pelo francês Joseph Guire e com investimento do empresário Octávio Guinle, nascia em 1923 o Copacabana Palace. Inspirado nos grandes hotéis da Riviera Francesa, como o Negresco e o Carlton, o Copa passou, ao longo de seus 90 anos, por apenas duas grandes reformas, sendo a mais recente no segundo semestre de 2012. Nela, o lobby principal com porta giratória de madeira freijó e escadaria de mármore foi expandido, 96 dos 225 apartamentos foram remodelados e toda a estrutura foi adaptada em relação à tecnologia e acessibilidade. Num investimento de cerca de R$ 30 milhões feito pelo grupo Orient-Express, responsável pelo empreendimento desde 1989, quando o hotel foi vendido pela família Guinle após passar por uma década de decadência.
Hoje, com o brilho recuperado e o prédio principal tombado pelo Patrimônio Histórico, o hotel que já recebeu da princesa Diane, Evita Perón e Nelson Mandela a Edith Piaf, Brigitte Bardot, Clark Gable e Elton John, tem diárias a partir de R$ 1.250. O que pode chegar a mais de R$ 10 mil no Reveillon. Valores que dão direito à vista para a praia de Copacabana e/ou para a icônica piscina semiolímpica onde já nadou Carmen Miranda e Tom Cruise, ao menu de travesseiros, à quadra de tênis e ao spa. Quem estiver hospedado nas suítes do sexto andar ainda tem direito a uma piscina exclusiva.
Abertos ao público, os dois restaurantes do Copa – Cipriani e Pérgula – também trazem novidades para celebrar a data. Enquanto o primeiro, um dos mais sofisticados do Rio, estreia o menu executivo, o segundo resgata, em setembro, alguns clássicos que marcaram a cozinha do hotel. No cardápio, de cascata de camarão e remoulade de lagosta a ovos nevados com creme inglês e banana flambada. Tudo para servir de desculpa para um brinde.
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