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Vail investe em calçada aquecida e neve extra para atrair mais turistas

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Juliana Bianchi

Maior resort de esqui dos Estados Unidos anuncia investimentos de quase US$ 500 milhões e serviço de concierge para brasileiros

Esquiar em Vail, um dos resorts com maior área para a prática do esporte nos Estados Unidos, a duas horas de Denver, nas Montanhas Rochosas, ganhará novo significado a partir o fim do ano. Esqueça as filas para o teleférico, as longas caminhadas carregando botas e equipamentos, o frio cortante em qualquer lugar que não seja dentro do hotel e os escorregões causados pela neve derretida nas ruas. Disposto a aumentar o número de visitantes, especialmente os mais abonados e exigentes, o grupo Vail Resorts vem investindo maciçamente na renovação da infraestrutura local.

Só para a temporada de inverno 2014/2015 serão US$ 85 milhões – “mais do que toda a indústria de resorts de esqui nos EUA neste ano”, garante Rob Katz, CEO do empreendimento –, totalizando US$ 492 milhões nos últimos cinco anos e US$ 2 bilhões desde 2004. “Teremos novos restaurantes e hotéis, lifts com mais cadeiras – o que aumentará em até 40% nossa capacidade de transporte para o topo da montanha e reduzirá significativamente as filas –, e até um bondinho com bancos aquecidos e wi-fi”, afirma Katz, durante visita ao Brasil para promover os resorts do grupo. A saber: Vail, Beaver Creek, Breckenridge e Keystone, no Colorado; Hevenly, Northstar e Kirkwood, na Califórnia; e Canyons, em Utah.

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Mas para concorrer com os charmosos destinos de inverno da Europa, onde os restaurantes estrelados costumam ser grande atrativo, ou mesmo com pistas americanas mais populares entre o público brasileiro, como Aspen, o executivo sabe que precisa oferecer mais. Por isso, há alguns anos, as calçadas da cidade construída em 1962, em estilo alpino, receberam um sistema de aquecimento interno, garantindo caminhadas seguras e livres de neve.

Grandes redes hoteleiras como Four Seasons e Ritz-Carlton foram atraídas. Chefs renomados, como Nobu Matsuhisa e Wolfgang Puck (com a rede Spago), abriram ali filiais. E, a partir deste ano, uma máquina especial assegurará a produção de neve fofa durante toda a alta temporada (de dezembro a abril). “Nossos clientes internacionais apreciam esse diferencial, mesmo quando estamos com mais de 1 metro de neve natural.”

Katz sabe que o investimento não é exatamente o que faz brilhar os olhos dos brasileiros. E uma vez que eles estão entre os cinco principais hóspedes internacionais do resort – “e o que mais rápido cresce” –, um mimo extra foi providenciado. A partir do próximo inverno, apenas 100 clientes V.I.P. terão à disposição o serviço de concierge Prima, com gerente fluente em português. “Não haverá qualquer custo adicional, mas apenas pessoas selecionadas poderão usufruir do benefício”, avisa o executivo, que aproveitou a viagem para distribuir os primeiros 50 convites.

Com mais lifts e bondinhos, será possível elevar em 40% o fluxo de pessoas para o topo da montanha, em Vail

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Foto: Divulgação

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Entre as demandas possíveis estão reservas em restaurantes e spas, agendamento de aulas particulares e programas fora ou dentro do resort, compras e ajuda até mesmo na hora de calçar ou descalçar as botas de esqui. “Depois de esquiar, o cliente ainda poderá ligar para o celular do concierge para que ele vá pegar seu equipamento onde quer que esteja”, diz Katz, engrossando a interminável lista de exemplos.

Entretanto, ele garante que a primazia no atendimento também se estende aos meros mortais. “Nossa equipe está o tempo todo focada em cuidar do cliente. Ficamos atentos para que tudo seja absolutamente perfeito e possamos surpreender ainda mais com pequenas experiências inesperadas.”

Com tantos atrativos fora da montanha, nem parece que estamos falando de uma estação com 2 mil hectares esquiáveis, com picos de até 3.500 metros de altura e quase 200 pistas. Sendo mais de 50% delas indicadas para experts no assunto. “Mas também há atividades para crianças, esquiadores iniciantes e intermediários ou mesmo para quem não sabe ou quer esquiar”, apressa-se em dizer o CEO do resort que, em fevereiro de 2015, sediará o Capeonato Mundial de Esqui Alpino.

Passeios de trenó, pista de snowboard, tubing (espécie de tobogã na neve), snowmobil (moto de neve) e caminhadas na neve estão entre as atividades possíveis na montanha. Enquanto na villa pode-se passar o tempo nos restaurantes, bares e spas, no cinema, na patinação no gelo, no boliche ou nas compras. “Mais do que um destino de esqui, somos um destino de férias.”

O pacote de uma semana em Vail, custa de US$ 2,5 mil a US$ 25 mil, por casal, dependendo da hospedagem escolhida. O esqui pass Epic, que dá acesso à 21 montanhas do grupo em quatro países sai por US$ 749, por adulto.

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